sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Rotina

Sou um homem casado e amo minha mulher.  Às nove da noite, falei pra ela que ia tomar um chope com os amigos, depois falei pros meus amigos que tinha que ir pra casa, e me sacanearam. "Minha mulher está esperando", disse meio sem graça. Olhei se ninguém me seguia. E fui à Copa, pra relaxar.

Nunca demonstrava mas ficava eufórico e tenso, sempre na espectativa. Perguntei quanto é o progama. 200. Valia até mais, pensei. Era uma garota com seus vinte anos, longos e bem cuidados cabelos, com pontas douradas como se fosse de sol; magra, mãos delicadas e finas. Levei para o hotel. Era sempre um hotel diferente e de luxo. Nunca economizei dinheiro. Não precisava.   Tinha fontes seguras e dava pra tirar um bom trocado na bolsa. No Sheretom, av. Niemayer, ela se despiu. Era linda e frágil, com o púbis bem aparados e dourados também. Gozei duas vezes dentro, sem tirar o pau. Se eu dissesse isso pros meus amigos de bar, eles não iam acreditar, mas juro que é verdade. Ela ficou caidinha por mim.

Olha, não é porque tenho cinquenta anos que você vai me chamar de brocha? Fui tomar banho. Essa sempre foi a melhor parte. Depois de todos os desejos satisfeitos, a higiene pessoal. Ela disse "me ensaboa" e ficou de costas. Comecei a passar o sabão nela, e ela jogando a cabeça pra trás, se entregando, dengosa. Enlaçei com os braços seu corpo, sentindo seus pequenos seios, com bicos pontiagudos e excitantes, depois sua nuca, já num abraço passional e inexorável. Ela reagiu, não deu pra gritar, mas reagiu com as unhas. Foi tudo muito rápido. Logo suas perna ficaram bambas, mesmo assim apertei mais forte pra me certificar que tinha tudo acabado.

Larguei seu corpo, gentilmente;  não queria deixá-la cair. Saí do box, me olhei no espelho. Alguns arranhões. Mas minha esposa já estava acostumada com isso. Me vesti sem pressa, ou com alguma. Não me lembro bem. Desci. Na portaria disse para não incomodar minha mulher, que ela estava naqueles dias. Uma piscadela, um tapinha nas costas e uma boa gurjeta foi o suficiente. Fui pra casa. Aliás, já tinha passado da hora.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Alameda Leonardo Da Vince (sic) - Jardim Primavera/Duque de Caxias


Dois passos dou
e um muro.
Com indecifráveis pichações...
Tudo sem saída!!!
No entanto, o poema começa aí;
já que a rua acabou.