Noite e dia
Depois da lasciva noite com bocas
loucas. Entorpecidas por mais vida.
E da latência quente das veias na úmida
cavidade do útero, da rima rouca.
Depois da lacunar noite dormente
e ausente. E da satírica união: carne
tênue e clara com tez que arde;
e explode esperma na aurora silente...
(As horas se apagam no pulsar do sono
no segredo quieto e inviolável do corpo
na lembrança esquecida do coito.)
Depois dos cus e uis da noite, pronto!
Recomposta, a face se faz metálica.
Em sua armadura sóbria, disfarça.