segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Noite e dia


Depois da lasciva noite com bocas
loucas. Entorpecidas por mais vida.
E da latência quente das veias na úmida
cavidade do útero, da rima rouca.

Depois da lacunar noite dormente
e ausente. E da satírica união: carne
tênue e clara com tez que arde;
e explode esperma na aurora silente...

(As horas se apagam no pulsar do sono
no segredo quieto e inviolável do corpo
na lembrança esquecida do coito.)

Depois dos cus e uis da noite, pronto!
Recomposta, a face se faz metálica.
Em sua armadura sóbria, disfarça.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Antes de ficar sozinho,
eu não tinha todas as pessoas.
As tenho só agora.
Inteiramente só.