Com meu amor
O que vou fazer com meu amor?
Guardá-lo (silêncio de baú),
enrolá-lo em panos amarelados,
como mudo instante que passou?
Inventariar roupas esquecidas,
brancos lençóis e grandes saias
que flutuam varais de lembranças
ao roçar a brisa adormecida?
Irei trazê-lo, embrulhado aos braços,
como aquele pão mal-dormido
na longa insistência do amanhã,
na curta existência do ocaso?
Com meu amor terei borboletas
sem destino. Mas com afinco
ao quieto sentido: vagalumes.
E topo na pedra-destino.
sábado, 29 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Amor
Contigo minha relação é de silêncio,
de sombras que transpiram no silêncio,
de sombras que se tocam no silêncio.
Do silêncio impalpável das sombras.
De silêncio insondável é feito o oceano,
que se recolhe todo na concha da mão
e se esvai no filete gotejante do tempo
pigmentando a sombra da lembrança.
O silêncio dos sonhos no céu,
o branco silêncio da rosa, das lágrimas,
das sombras das aves, dos lábios tocados,
da palavra formada e jamais alcançada.
Contigo minha relação é de silêncio,
de sombras que transpiram no silêncio,
de sombras que se tocam no silêncio.
Do silêncio impalpável das sombras.
De silêncio insondável é feito o oceano,
que se recolhe todo na concha da mão
e se esvai no filete gotejante do tempo
pigmentando a sombra da lembrança.
O silêncio dos sonhos no céu,
o branco silêncio da rosa, das lágrimas,
das sombras das aves, dos lábios tocados,
da palavra formada e jamais alcançada.
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