Com meu amor
O que vou fazer com meu amor?
Guardá-lo (silêncio de baú),
enrolá-lo em panos amarelados,
como mudo instante que passou?
Inventariar roupas esquecidas,
brancos lençóis e grandes saias
que flutuam varais de lembranças
ao roçar a brisa adormecida?
Irei trazê-lo, embrulhado aos braços,
como aquele pão mal-dormido
na longa insistência do amanhã,
na curta existência do ocaso?
Com meu amor terei borboletas
sem destino. Mas com afinco
ao quieto sentido: vagalumes.
E topo na pedra-destino.
3 comentários:
Maravilhoso!
amigoo querido!!
queee lindoo!!!
fico de queixo caidoo
bjossss
Adorei, lindo de doer!!
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