sábado, 29 de dezembro de 2012

Com meu amor


O que vou fazer com meu amor?
Guardá-lo (silêncio de baú),
enrolá-lo em panos amarelados,
como mudo instante que passou?

Inventariar roupas esquecidas,
brancos lençóis e grandes saias
que flutuam varais de lembranças
ao roçar a brisa adormecida?

Irei trazê-lo, embrulhado aos braços,
como aquele pão mal-dormido
na longa insistência do amanhã,
na curta existência do ocaso?

Com meu amor terei borboletas
sem destino. Mas com afinco
ao quieto sentido: vagalumes.
E topo na pedra-destino.

3 comentários:

Catarina Cunha disse...

Maravilhoso!

sissa disse...

amigoo querido!!


queee lindoo!!!
fico de queixo caidoo
bjossss

Simone disse...

Adorei, lindo de doer!!