domingo, 7 de maio de 2017

Guerra

Se você for me matar
que não me mate à distância.
Com um tomahawk.
Que me mate de perto pra ver os seus olhos.
Se você for me matar
que não troque tiros comigo no corredor de qualquer edifício já bombardeado.
Que também não ache que seja blindado em bombas distantes.
Viróticas.
Mate-me. Mas não como o covarde que não sabe quem matou.
Mate-me sem trincheiras, sem assaltos, sem snipers, sem fuzil de 400 metros de distância.
(No mínimo.)
Nenhum fuzil vai assinar a conta.
Mate-me sem uma assinatura alheia, se é capaz.
Mate-me olhando na minha cara e dando um soco.
Para ver se estou morto.
Para cuspir na sua cara.
E você sentir o meu sangue.

Nenhum comentário: