A Simone Conforto
O baile das saias
Ando nas estrelas
porque andar por baixo
anda muito chato.
Só verniz não espelha
solas de sapatos.
Curvo os arcos-íris
porque a curva do Homem
vai muito fechada.
Não flui, contradiz.
É ponta de faca.
Bailo de saias líquidas
porque pesa a armadura
do tédio e disfarces.
Bailo em núpcias
nos seios nus dos mares.
Das nuvens recolho
a lã que transborda
tardes cor de rosa.
E borda num sopro
a paz que renova.
Essa paz sou eu.
Em parte. Pois a outra
faz parte do breu.
Lua cheia. Lua nova.
Um comentário:
Nossa que conto poesia mais lindo adorei fazer parte desse mundo liquido viva meu amigo e poeta cada dia melhor abraço
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