sábado, 4 de outubro de 2014

Rua Tomás Antônio Gonzaga - Duque de Caxias
(um campo ou um ponto de fuga)


Uma ou outra casa vigiava a porta.
O silêncio dobrava o eco. Nem vento
nem rumor de talheres, sol... silêncio...
no duro estertor do esterco, da bosta.

A velha angulosidade de uma perna
num fóssil-sentar pelo meio-fio
inquiria: Que faz neste caminho?
E eu fugia na fuga minha e com ela.

Subo na rua de fuga da Poesia,
no salgado rumo pra vê-la nua;
soletro sol, mas imagino a lua.

Por onde campeia a minha Marília?
Mas quando chego no alto do monte
vejo bem perto o que agora é longe...

Nenhum comentário: