sexta-feira, 21 de maio de 2021

Mão de obra excedente


A mão de obra excedente (desempregados) é um grande negócio para o capitalismo. Abaixa os salários, pressiona quem está trabalhando a produzir como um cordeiro, que não se sabe realmente se é de Deus, "justifica" a não implementação de benefícios trabalhistas, pois "não teria pra todos". E agora serve como cabo eleitoral de Bolsonaro para atacar as necessárias medidas de isolamento contra a Covid, em vez de dar suporte social. 

O que  há é uma grande mentira quando o poder executivo, fantoche dos megas empresários, diz que quer solucionar o desemprego. Não quer! O capitalismo, da maneira avassaladora que é dado, precisa dele como escudo para reivindicações trabalhistas, conquanto que esse nível não fique fora de certos limites, o que acarretaria distúrbios  sociais e, pior que isso, um endividamento que teria efeito cascata, atingindo até os credores. 

Mesmo assim parece que a resiliência, a passividade dos brasileiros (até certo ponto justificável por um "salve-se quem puder" mas com complexo de vira-lata), sob comando de igrejas de má fé, entusiasma a alta burguesia a suportar mais que um limite razoável de miseráveis, levando sem piedade - e pondo toda culpa na falaciosa meritocracia - muita gente para o céu bem antes do que se imagina. Multiplicando mais fome do que pão. Mais desesperança que confraternização.

Um comentário:

Simone disse...

Concordo em gênero número e grau o capitalismo este terrível momento em que nos encontramos está terrível crise nós perseguindo e apavorados estamos