Correspondência anômala
Sempre em frente à suja igreja
vejo, junto às suas sacolas e trapos,
uma velhinha a tremeluzir traços.
É uma carta. E ao final nunca chega.
É uma carta. Mas não vejo sua letra.
Tento olhá-la, mas a esconde com braços;
corre-lhes, sob finos papéis enrugados,
outra carta - de cor azul-vermelha.
O que trazes, vil caminho de ruga?
Pedes, imploras para Deus salvação e cura?
Num ímpeto, tomo-lhe o manuscrito.
E era assim que, seco, tinha cuspido:
"Maldito poeta, no alheio se disfarça!
Mas se descobrem-te... desfaz-se a farsa."
3 comentários:
Bravo! Ivo, Bravo!
amigoooo
é linndooo!!
amei vc está cada vez melhor..como aqueles vinhos....
marvilhosoooss
si
está é de uma beleza
singela,um arrepio,um sorvete e sobretudo paquetá e todas as nossas historias de lá
amei!!!
bjoooconic
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